FIM DE NAMORO



Sabe esses acampamentos? Que vai toda a galera e você não pode em hipótese alguma deixar de ir? Pois é, era em um desses que eu iria. E véi sabe qual era a melhor? Ele, Mateus, também ia. Depois deu quase fazer o impossível, juntamente com a cumplicidade da minha mãe ele iria.
Tudo o ocorreu muito bem. Exeto pelo fato, do bem ter sido aparentemente. A bomba pior veio depois.

Não, aquilo não podia está acontecendo. Depois de tanta insistência, e depois de ter conseguido convencer o meu pai.... Ele deveria estar brincando. Como ele pôde terminar comigo? Assim... do nada, sem nenhuma explicação! Ele disse que me amava, e que confiava em mim, alguma coisa deveria estar errada. Ou não! Talvez eu tenha errado.
O que importa? Ele estava terminando comigo, e nada mais importava naquele momento! NADA!
Isso era só o que eu conseguia pensar...
A gente tinha acabado de voltar de um acampamento perfeito, e meu pai pai enfim tinha aceitado o nosso relacionamento. Mas eu podia sentir algo diferente, algo que talvez já estava claro a mais tempo, mas só eu não conseguia perceber.
Foi um final terrível, mais terrível do que em qualquer outro relacionamento que eu tinha presenciado. Estávamos no ônibus, e parecíamos felizes. Mas alguma coisa o encomodava. Eu só não conseguia entender o que.
Então ele tirou a minha dúvida e falou:
_ Preciso te falar algo, mas não sei como...
Eu gelei, pelo tom não podia ser coisa boa. Mas o que seria? Uma traição? Uma mentira? Aquele mistério todo estava me deixando louca!
_ Fale Mateus, estou ouvindo!
_ Eu não sei como te falar isso de um jeito que não te machuque. Eu pensei bem, e acho que é melhor a gente terminar!
Eu tentei me controlar, estámos dentro de um ônibus, e todos os meus amigos estavam lá. Amigos e inimigos! Prendi o choro, aquilo era a última coisa que poderia me acontecer. Eu não daria a ele esse gostinho.
_ Como assim terminar? Acontecu alguma coisa?
_ Não. Eu só acho que vai ser melhor assim.
Isso foi só o que ele falou. Eu não tive reação, simplesmente calei, e esperei. O resto da viagem passamos sem falar uma palavra sequer.
Ele desceu antes de mim, e antes de sair, me beijou e disse:
_ Tchau Phanne.
Nossa, por dentro eu realmente estava muito confusa, e acima de tudo; com muita raiva. Aquilo não fazia nenhum sentido. Não tinha nenhum motivo. Quer dizer, eu não conhecia nenhum motivo!
A primeira coisa que fiz quando cheguei em casa, foi o que quase toda garota no seu momento de raiva faria. Exclui tudo que me fizesse lembrar dele, fiz uma bagunça no orkut, deixei um monte de scrap e depoimentos desaforados... Mas no fundo eu ainda tinha esperanças. Talvez não de um retorno, mas de ao menos uma explicação.
A gente ainda passou um tempo nesse "chove não molha" como ele mesmo disse. Mas até que um dia eu cansei, e resolvi colocar pra fora toda aquela raiva, e tentar esquece-lo.
Sempre tive uma certa dificuldade em esquecer ês namorados. Meus relacionamento sempre acabavam por motivos ocultos, ou até por motivo algum. E isso de certa forma, sempre acaba acendendo uma chaminha de esperança. Mas também, nunca fui de ficar pra baixo sempre fiz questão de colocar o meu orgulho acima de tudo. Então, aos olhos extenos, eu estava muito bem, e era isso mesmo o que eu queria que pensassem.

" As vezes temos a impressão de que tudo vai bem. Mas quando menos se espera, nos decepcionamos. E é assim a vida, não vale a pena esperar muito das pessoas, elas sempre vão nos decepcionar. "


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